Tarrafa Elétrica

É muito bom ver uma banda brasileira e catarinense inovando. O engraçado é que a inspiração, ao contrário de os legais por exemplo com toda sua ideologia de só o isopor constrói , o tarrafa elétrica baseia-se na cultura popular. Engraçado! Pois é, toda essa globalização acesso a outras “culturas” , intercambio conhecimento e blábláblá e de repente ... viola caipira???? O que é isso? Inovação vinda exatamente do que se perdeu nesse processo de expansão comercial que nos foi enfiado a goela à baixo; O bom é ver uma boa música e sentir algo novo também, algo em comum com o ritmo letra, o ritmo peixeiro, praieiro, nordestino, brasileiro, açoriano, africano....
Espero que a banda consiga divulgar cada vez mais seu trabalho e com isso estimular novos artistas á seguirem caminhos criativos e digamos, menos estrangeiros!
Como diria Léopold Senghor: “Para se miscigenar culturalmente é preciso primeiro existir separadamente. Depois se abrir aos outros continentes”
Então segue tarrafa.



Texto

Som Peixeiro de Raiz
Sonzera de Viola


Há muito tempo esquecida pela juventude, cercada por lendas e crendices, a viola de 10 cordas geralmente é lembrada pela geração mais antiga, com músicas que pouca gente conhece, falando de tempos idos.
Dentro a proposta de uma releitura da cultura tradicional, do folclore, o Grupo Cultural Tarrafa Elétrica incrementa o som peixeiro de raiz com o instrumento mais característico do sertão.
A viola caipira, de 10 cordas, chegou ao território brasileiro trazida pelos primeiros portugueses que aqui chegaram, já que ra muito comum em terras lusitanas. Em Santa Catarina, foi trazida pelos jesuítas em meados do século XVII. Há um ano foi incorporada pelos peixeiros do Tarrafa Elétrica e a cada dia, a cada ensaio, ganha mais espaço no repertório do grupo.
“Estamos em busca de uma sonoridade única. A viola é um instrumento de raízes portuguesas que adquiriu uma sonoridade muito brasileira por isso ela tem que fazer parte do som peixeiro de raiz”, argumenta Leandro Pellizzoni, guitarrista da banda e aprendiz de violeiro. Leandro teve o primeiro contato com o instrumento quando outro parceiro de música emprestou uma viola. “Foi amor à primeira ouvida. Logo em seguida aconteceu de participar de uma oficina com um dos maiores violeiros do país e depois foi só manter o estudo porque a paixão pela viola foi só aumentando”, conta Pellizzoni.
“Cria mais identidade para a banda, para o nosso som. Com a viola, violão, cavaquinho, guitarra, baixo e todas as percussões, estamos fazendo um som mais original e polifônico do que a tradicional formação guitarra, baixo e bateria pode oferecer”, relata Cassiano Bazana, violonista. E é nessa salada musical brasileiríssima que o Grupo Cultural Tarrafa Elétrica ganha força.



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